Martha Medeiros: a serena beleza da poesía

Porxmeyre

26/07/2020

Por moito que o noso obectivo principal sexa sempre a divulgación de poetas nov@s, de cando en vez un non resiste a tentación de voltar a algún nome clásico, clásico en vida, como é o caso de Martha Medeiros (Porto Alegre, 1961). Aquí trataremos a súa poesía, mais cómpre dicir que Martha Medeiros tamén é cronista de éxito, novelista de éxito e mesmo probou sorte tamén na Literatura Infantil Xuvenil (LIX), no conto e no aforismo.

Velaquí unha listaxe, cremos que actualizada, do seu corpus literario:

Strip-Tease (1985) – Poesía

Meia noite e um quarto (1987) – Poesía musical

Persona non grata (1991) – Poesíaa

De Cara Lavada (1995) – Poesía

Poesia Reunida (1998)

Geração Bivolt (1995) – Primeiro libro de crónicas

Topless (1997) – Crónicas

Santiago do Chile (1996) – Viaxes

Trem-Bala (1999) – Libro de crónicas, adaptado para o teatro con dirección de Irene Brietzke.

Non Stop (2000) – Crónicas

Cartas Extraviadas e Outros Poemas (2000)

Divã (2002) – Novela que deu orixe a uma peza, a um filme e serie de TV, todos protagonizados pola actriz Lilia Cabral, no papel de Mercedes.

Montanha-Russa (2003) – Crónicas

Coisas da Vida (2005) – Crónicas

Esquisita como Eu (2004) – Infantil

Selma e Sinatra (2005) – Novela

Tudo que Eu Queria te Dizer (2007) – Adaptado para o teatro e protagonizado por Ana Beatriz Nogueira

Doidas e Santas (2008) – Crónicas – Adaptado para o teatro e protagonizado por Cissa Guimarães

Fora de Mim (2010) – Novela  Adaptado para o teatro e proyagonizado por Flávia Alessandra

Feliz por Nada (2011) – Crónicas

Noite em Claro (2012)

Um Lugar na Janela (2012) – Contos e Crónicas

A Graça da Coisa (2013) – Contos e Crónicas

Paixão Crônica (2014) – Crónicas – Antoloxía

Liberdade Crônica (2014) – Crónicas – Antoloxía

Felicidade Crônica (2014) – Crónicas – Antoloxía

Simples Assim (2015) – Crónicas

Um Lugar na Janela 2 (2016) – Relatos de viaxes

Quem diria que viver ia dar nisso (2018) – Crónicas

O meu melhor (2019) – Crónicas – Antoloxía

Comigo no cinema (2019) – Crónicas – Antoloxia

Foi premiada tres veces co Premio Açorianos na categoría de crónicas (1998, 2004, 2018) e ficou en segundo lugar no Jabuti tamén na categoría de contos e crónicas. Na listaxe anterior tamén se pode observar como textos seus foron levados para o teatro e o cinema.

É dicir, estamos a falar dunha autora de moito éxito no Brasil ( e traducida a otras linguas). Máis información, aquí.

O rol do simbolismo na poesía de Martha xa foi salientado por Marcos de Carvalho. Se nos refrimos a este estudo en concreto é porque consideramos que o simbolismo resulta unha ferramenta poética de moita utulidade cando se ecribe entre os extremos, conscinetemente entre os extremos, conscientemente entre os extremos sabendo que se ocupa unha posición intermedial, unha posición desde a que ollar tanto para un lado como para outro de xeito que a panorámica é o máis extensa posíbel. E conste que isto que dicimos é aplicábel tanto á poesía como á crónica. Precisamente, desde o noso punto de vista existen interferencias entre os dous xéneros. Hai poesía nas súas crónicas, por algún lado aparece. E, na súa poesía hai un ánimo reflexivo que a leva a poetar sempre fóra de calquera exaltación anímica, cun ánimo sereno mais sempre lírico que lle proporciona á autora un discurso inconfundíbel que chama para a relectura dos seus textos poéticos simplemente para confirmar esa ausencia de exaltación, e a expresión lírica xusta para nos sorprender, porque sempre sorprende aínda que a súa poesía non sexa marxinal, periférica, confeccionada nos límites xustos do inagardado ( e que fai pensar nas crónicas). Mais é aí precisamente onde aparece a xenialidade: mesmo no mundo co cotián (tantas veces se ten dito que escribe sobre o cotián) ela ha atopar maneira de nos sorprender, xogando coas focalizacións e des-focalizacións.

É a serenísima beleza da poesía de Martha Medeiros, os ollos que nos empresta para que o mundo nos pareza mellor, distinto, sen deixar de ser el mais visto cunha proximidade ( a súa poesía sempre está lonxe da estrañeza) sorpresiva que convida á reflexión

Quen queira maís información sobre a autora, pode visita esta ligazón.

E, por se queredes unirvos ao seu grupo de Facebook…..

Mais agora é xa momento de deixal@s coa súa serenísma poesía. Como sempre, non recollemos a prosa poética, é outro xénero, aínda que neste caso concreto sexa unha ponte a ter en conta entre a poesía e a crónica:

CAMINHO

“O caminho é esse
tem pedra, tem sol
tem bandido, mocinho
tem você amando

tem você sozinho
é só escolher
ou vai, ou fica.

FUI… ”

………………………………….

CULPA

“Benditos os que conseguem se deixar em paz.
Os que não se cobram por não terem cumprido
suas resoluções, que não se culpam por terem
falhado, não se torturam por terem sido
contraditórios, não se punem por não terem
sido perfeitos.
Apenas fazem o melhor que podem.
Se é para ser mestre em alguma coisa, então
que sejamos mestres em nos libertar da
patrulha do pensamento.
De querer se adequar à sociedade e ao
mesmo tempo ser livre.”

………………………………………….

TARDE DEMAIS

Tarde demais é uma expressão cruel.
Tarde demais é uma hora morta.
Tarde demais é longe à beça.
Não é lá que devemos deixar
florescer nossas descobertas.

…………………………………..

ARREPENDIMENTO

um, dois e… quando me dou conta, já fui, me joguei
antes de contar até três disse o que não era para ser dito
fiz coisas que não era para ter feito
me arrebento rápido, nem dói de tão ligeiro
mentira, dói de qualquer jeito.

……………………………………….

 PEDAÇOS DE MIM

Eu sou feito de
Sonhos interrompidos
detalhes despercebidos
amores mal resolvidos

Sou feito de
Choros sem ter razão
pessoas no coração
atos por impulsão

Sinto falta de
Lugares que não conheci
experiências que não vivi
momentos que já esqueci

Eu sou
Amor e carinho constante
distraída até o bastante
não paro por instante


Tive noites mal dormidas
perdi pessoas muito queridas
cumpri coisas não-prometidas

Muitas vezes eu
Desisti sem mesmo tentar
pensei em fugir,para não enfrentar
sorri para não chorar

Eu sinto pelas
Coisas que não mudei
amizades que não cultivei
aqueles que eu julguei
coisas que eu falei

Tenho saudade
De pessoas que fui conhecendo
lembranças que fui esquecendo
amigos que acabei perdendo
Mas continuo vivendo e aprendendo.

………………………………….

 FIM DE SEMANA

O fim de semana promete
Amanhã vou estar mais suave
E quarta vai ser o meu dia
O fim de semana promete
Domingo vai ter que dar sol
Segunda vou acontecer
Não posso perder o teu show
Pro mês vou te visitar
É agora que eu saio de vez
Que bom que eu vou te encontrar
Amanhã vou estar mais feliz

…………………………………

QUANDO CHEGAR

Quando chegar aos 30
serei uma mulher de verdade
nem Amélia nem ninguém
um belo futuro pela frente
e um pouco mais de calma talvez

e quando chegar aos 50
serei livre, linda e forte
terei gente boa ao lado
saberei um pouco mais do amor
e da vida quem sabe

e quando chegar aos 90
já sem força, sem futuro, sem idade
vou fazer uma festa de prazer
convidar todos que amei
registrar tudo que sei
e morrer de saudade.

……………………………..

PERIGO

Um telefone ao alcance da mão,
Um número decorado na cabeça
E uma aflição no coração.
É aí que mora o perigo…

……………………………….

Te amei

como nunca amei nessa vida
e do final desse amor restou uma mulher tão fria
que nem por ti mesmo
conseguiria sentir
o amor que senti um dia

……………………………….

SEGREDO

Não devia te contar.
Se você guardar segredo,
Eu revelo este meu medo
De não saber amar.

Não devia te amar,
Mas se você guardar meu medo,
Eu revelo este segredo
Que não sei contar.

……………………………

Pena

a juíza das minhas loucuras
é severa demais pra me inocentar

não cobra depoimentos
nem sopra os ferimentos da tortura

simplesmente decreta pra minha culpa
prisão domiciliar

……………………………………….

JUÍZO

Mesmo tendo juízo
não faço tudo certo
todo paraíso
precisa um pouco de inferno

……………………………..

VERDADES

De qualquer forma, não esqueça das seguintes verdades:
Não faça nada que não te deixe em paz consigo mesma;
Cuidado com quem anda desabafando;
Conte até três (está certo, se precisar, conte mais);
Antes só do que muito acompanhado;
Esperar não significa inércia,
muito menos desinteresse;
Renunciar não quer dizer que não ame;
Abrir mão não quer dizer que não queira;

…………………………………..

TRISTEZA

Tristeza é quando chove
quando está calor demais
quando o corpo dói
e os olhos pesam
tristeza é quando se dorme pouco
quando a voz sai fraca
quando as palavras cessam
e o corpo desobedece
tristeza é quando não se acha graça
quando não se sente fome
quando qualquer bobagem
nos faz chorar
tristeza é quando parece
que não vai acabar.

…………………….

CERTEZAS

Há momentos em que nossos valores se rompem
certezas se estilhaçam como cristal
viram pó nossas absurdas convicções
princípios só se justificam no final

…………………………

QUEM MORRE?


Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o negro sobre o branco
e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.
Morre lentamente,
quem abandona um projecto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior
que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos
um estágio esplêndido de felicidade.

……………………………

FOI UM BEIJO

foi um beijo onde não importava a boca
só tuas mãos quentes me apertando pelas costas
nada estava acontecendo na minha frente
e a ansiedade que havia não era pouca
teus dedos perguntavam pra minha blusa
se meu corpo acolheria um delinqüente
descoladas as línguas um instante
minha resposta saiu um tanto rouca

………………………………………..

SOU UMA GATA


sou uma gata
que cruza
outros gatos
na rua

quem vê gata
assanhada
logo fica
engatado

……………………………..

PUXEI A MANGA DA CAMISA

puxei a manga da camisa um pouco pra cima
perto do cotovelo, e abri o botão calmamente
como se fizesse isso todo dia na tua frente
não te olhei como amiga nem professora
e não liguei para a pouca idade que tinhas
eu era mais madura e você mais coerente
tinha certeza de tudo mas não se mexia
passei a mão no teu cabelo
te beijei na testa, no queixo
beijei tua nuca e tua boca
e fui a primeira mulher nua da tua vida

……………………………………….

EU MINTO

eu minto, confeso
me faço de boba, verdade
escondo a idade, me calo,
me sinto tão mal, um inferno
represento um papel, principal
sou mesmo uma atriz, infeliz
quem diz que eu não quero, eu consigo
viver por um triz, enlouqueço
te esqueço e te mato, te amo
atrás de um muro, qualquer
outro dia amanheço, de novo
e falo bobagens, pudera
não sou tão sensata, avisei
sem nada de mais, me despeço

……………………………………

A TODOS

a todos trato muito bem
sou cordial, educada, quase sensata
mas nada me dá mais prazer
do que ser persona non grata
expulsa do paraíso
uma mulher sem juízo, que não se comove
com nada
cruel e refinada
que não merece ir pro céu, uma vilã de novela
mas bela, e até mesmo culta
estranha, com tantos amigos
e amada, bem vestida e respeitada
aqui entre nós
melhor que ser boazinha e não poder ser imitada

…………………………………

NEM VELAS NEM MOLHO BRANCO

nem velas nem molho branco
hoje nosso jantar
acontece por baixo da mesa

desfias minhas pernas de seda
teu beijo promete mais tarde

jogo a toalha de renda no chão
me rendo

……………………………………..

BICHO PAPÃO


bicho papão
viu moça em flor
e papoula

………………………………..

ELE PREFERE AS NÓRDICAS


ele prefere as nórdicas
as ricas, as putas
as filhas das tias
letradas, peitudas
alunas da puc
solteiras, taradas
mulheres pudicas
peludas, escravas
as boas de cama
mulatas, mineiras
as freiras da itália
escocesas, peladas
as bem mal-amadas
aquelas que dizem te amo
e mais nada

…………………………………….

DEPOIS


Convencemo-nos que a vida será melhor depois…
depois de acabar os estudos,
depois de arranjar trabalho,
depois de casarmos,
depois de termos um filho,
depois de termos outro filho.

Então, sentimo-nos frustrados porque os nossos filhos ainda não são
suficientemente crescidos e julgamos que seremos mais felizes quando crescerem e deixarem de ser crianças.

Depois, desesperamos porque são adolescentes,insuportáveis.

Pensamos: “Seremos mais felizes quando esta fase acabar!”.

Então, decidimos que a nossa vida estará completa quando o nosso
companheiro ou companheira estiver realizado…

Quando tivermos um carro melhor…
Quando pudermos ir de férias…
Quando conseguirmos uma promoção…
Quando nos reformarmos…

A verdade é que NÃO HÁ MELHOR MOMENTO PARA SER FELIZ DO QUE AGORA!
Se não for agora, então quando será?

A vida está cheia de depois…
É melhor admiti-lo e decidir ser feliz agora, de todas as formas. Não há
um depois, nem um caminho para a felicidade, a felicidade é o caminho e é AGORA!
Deixa de esperar até que acabes os estudos…
até que te apaixones…
até que encontres trabalho…
até que te cases…
até que tenhas filhos…
até que eles saiam de casa…
até que te divorcies…
até que percas esses 10kg…
até sexta-feira à noite ou Domingo de manhã…
até à Primavera, o Verão, o Outono ou o Inverno, ou até que morras…

para decidires então que não há melhor momento do que justamente ESTE para seres feliz!
A felicidade é um trajecto, não um destino.

Trabalha como se não precisasses de dinheiro…
Ama como se nunca te tivessem magoado e dança como se ninguém estivesse ver!

………………………………

MINHA BOCA


minha boca
é pouca
pro desejo
que anda à solta

………………………………….

PARA QUE SERVE UMA RELAÇÃO?


Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa, 
À vontade para concordar com ela e discordar dela. 
Para ter sexo sem “não-me-toques” ou para cair no sono logo após o jantar. 

Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas. 
Para ter alguém que instale o som novo enquanto você prepara uma omelete. 
Para ter alguém com quem viajar para um país distante. 

Para ter alguém com quem ficar em silêncio sem que nenhum dos dois se incomode com isso. 
Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e, quase sempre, 
Estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada e bonita a seu modo. 

Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações

Para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, 
E deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa. 

Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto, 
E cobrir as dores um do outro num momento de melancolia, 
E cobrirem o corpo um do outro quando o cobertor cair. 

Uma relação tem que servir para um perdoar as fraquezas do outro, 
Para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois.

……………………………..

DE CARA LAVADA

hoje me desfiz dos meus bens
vendi o sofá cujo tecido desenhei
e a mesa de jantar onde fizemos planos

o quadro que fica atrás do bar
rifei junto com algumas quinquilharias
da época em que nos juntamos

a tevê e o aparelho de som
foram adquiridos pela vizinha
testemunha do quanto erramos

a cama doei para um asilo
sem olhar pra trás e lembrar
do que ali inventamos

aquele cinzeiro de cobre
foi de brinde com os cristais
e as plantas que não regamos

coube tudo num caminhão de mudança
até a dor que não soubemos curar
mas que um dia vamos

……………………………………….

PERGUNTAS


Quantas vezes você andava na rua e sentiu um perfume e lembrou de alguém que gosta muito?
Quantas vezes você olhou para uma paisagem em uma foto, e não se imaginou lá com alguém… 
Quantas vezes você estava do lado de alguém, e sua cabeça não estava ali? 
Alguma vez você já se arrependeu de algo que falou dois segundos depois de ter falado? 
Você deve ter visto que aquele filme, que vocês dois viram juntos no cinema, vai passar na TV… 
E você gelou porque o bom daquele momento já passou… 
E aquela música que você não gosta de ouvir porque lembra algo ou alguém que você quer esquecer mas não consegue? 
Não teve aquele dia em que tudo deu errado, mas que no finzinho aconteceu algo maravilhoso? 
E aquele dia em que tudo deu certo, exceto pelo final que estragou tudo? 
Você já chorou por que lembrou de alguém que amava e não pôde dizer isso para essa pessoa? 
Você já reencontrou um grande amor do passado e viu que ele mudou? 
Para essas perguntas existem muitas respostas… 
Mas o importante sobre elas não é a resposta em si… 
Mas sim o sentimento… 
Todos nós amamos, erramos ou julgamos mal… 
Todos nós já fizemos uma coisa quando o coração mandava fazer outra… 
Então, qual a moral disso tudo? 
Nem tudo sai como planejamos portanto, uma coisa é certa… 
Não continue pensando em suas fraquezas e erros, faça tudo que puder para ser feliz hoje! 
Não deite com mágoas no coração. 
Não durma sem ao menos fazer uma pessoa feliz! 
E comece com você mesmo!

……………………………………

MATEMÁTICA DA VIDA


A matemática da vida não é simples
Cada soma é também uma subtração. 
Quando somamos mais um ano àqueles que já vivemos, subtraímos um ano daqueles que nos restam para viver. 
Esperamos demais para fazer o que precisa ser feito, num mundo que só nos dá um dia de cada vez, sem garantia do amanhã. 
Enquanto lamentamos que a vida é curta, 
Agimos como se tivéssemos à nossa disposição um estoque inesgotável de tempo. 
Esperamos demais para dizer as palavras do perdão que devem ser ditas, para pôr de lado os rancores que devem ser expulsos, para expressar gratidão, para dar ânimo, para oferecer consolo. 
Esperamos demais para enunciar as preces, para executar as tarefas que estão esperando, para serem cumpridas, 
Para demonstrar amor que talvez não seja mais necessário amanhã. 
Esperamos demais nos bastidores, quando a vida tem um papel para desempenharmos no palco. 
Deus também está esperando nós pararmos de esperar. 
Esperando nós começarmos a fazer agora tudo aquilo para o qual este dia e esta vida nos foram dados.
Meus amigos: é hora de viv

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Quem Morre

Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o negro sobre o branco
e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.
Morre lentamente,
quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior
que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos
um estágio esplêndido de felicidade.

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Porxmeyre

Un comentario sobre «Martha Medeiros: a serena beleza da poesía»
  1. […]  a poesía de María Rezende (1978) recibiu eloxios de nomes tan importantes como Ferreira Gullar, Martha Medeiros, José Saramago ou Manoel de Barros. Ademais, evidentemente, dunha Elisa Lucinda, que  foi quen a […]

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